18.2.09

Painéis de Azulejos portugueses na Igreja e Convento de São Francisco.






A Igreja de São Francisco, construída no século XVIII, é uma das mais ricas do Brasil sendo a mais exuberante de Salvador. Alguns a consideram o mais belo exemplar do barroco português no mundo. O seu interior é todo recoberto em ouro e jacarandá com talhas retratando anjos, animais e flores etc

Existem inúmeros Painéis de Azulejos, em tons de azul, na entrada do templo, no Altar e na Sacristia, retratando cenas alusivas à São Francisco de Assis — seu nascimento e renúncia aos bens materiais, trabalhos pintados por Bartolomou Antunes de Jesus, um dos grandes mestres da azulejaria de Portugal.

Observamos, que este bem cultural pode ser visto assistindo-se o espetáculo de Luz e Som que é apresentado, diariamente na Igreja, aos visitantes. Detalhe de um dos painéis de azulejos da Igreja que foi restaurado, não faz muitos anos, sob a cordenação da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, entidade sediada em Portugal que possui larga experiência no assunto.

No Convento, prédio adjacente à Igreja, cuja construção foi concluída em 1752, há inúmeros Painéis de Azulejos decorando o ambiente. O conjunto mais significativo encontra-se na parte térrea do Claustro. Trata-se de 37 painéis, medindo cerca de 2 metros de altura cada um, que retratam cenas baseadas em gravuras do pintor holandês Otto van Veen , apresentando personagens da mitologia em cenas edificantes, com epígrafes latinas extraídas da obra do poeta e filósofo Horácio. Epígrafes dos 37 painéis do claustro“A virtude é o alvo da inveja; A Glória é o fruto do trabalho; A Glória é o domínio do dinheiro; Com o dinheiro tudo se compra; Nada detém o avarento; Tudo obedece ao dinheiro; Quem é rico? Que nada ambiciona; A agricultura é uma felicidade; A própria sorte faz cada um feliz; A inveja é um grande mal; Pela concórdia o povo é invencível; A balança da amizade; Todo poder está subordinado a outro poder; Antes de tudo deve-se cuidar da alma; Em qualquer situação da vida pode-se filosofar; No meio irás mais seguro; O começo é a metade da obra; A ciência aperfeiçoa a natureza; A morte é igual para todos; A certeza da morte; A verdadeira filosofia é meditar sobre a morte; Estarás seguro se viveres bem; Depois da morte cessa a inveja; A morte é o último fim das coisas; Com a morte tudo se deve deixar; O temor da morte; O tempo muda e nós mudamos com ele; O tempo voa irrevogavelmente; Diversas compensações da velhice; A filosofia é o mestre da vida; A vida disciplinada exige espírito atento; A natureza é a melhor moderadora; No meio está a virtude; A virtude se manifesta na ação; É virtude fugir dos vícios; A virtude é inabalável; Nada mais útil que o silêncio”. Pesquisa, texto e fotos: Renato WandeckIgreja e Convento de São Francisco.Praça do CruzeiroCentro HistóricoSalvador-BAObservação:Há, em muitos Estados do Brasil, Painéis de Azulejos portugueses dos séculos XVII e XVIII. Os mais significativos encontram-se na Bahia, Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro.

Texto extraído do site www.ceramicanorio.com.br

2.2.09

Festa do Rio Vermelho



Festa para Yemanjá

Hoje dia 2 de fevereiro dia de festa no mar, é a festa do Rio Vermelho, desde há 80 anos atrás os pescadores homenageiam a Yemanjá (ye+omo+eja= mãe dos filhos peixes), em agradecimento por não faltar peixes nas redes dos pescadores baianos, desde as 4 horas da manhã eles já estão a espera dos presentes para Yemanjá, no largo de Santana, junto à igreja de Nossa Senhora Santana, na casa do peso, onde os pescadores pesam os peixes e é também um templo de Yemanjá, pescadores e mães e filhas de santo se reúnem para cantar e dançar chamando Yemanjá para a sua festa, oferendas vão se acumulando e enchendo os cestos e barcos para a tarde irem em procissão para arriar os presentes, a rainha do mar recebe de tudo: flores, águas de cheiro, batons, pentes, tudo que uma mulher precisa para se embelezar, e também muitos bilhetinhos pedindo graças.

Yemanjá

Senhora dos mares, mãe dos peixes, linda, maravilhosa, de ventre fecundo e de seios grandes que destes saíram as águas dos mares.
São muitas as histórias com Yemanjá, fiquei com preguiça e não vou contar.

Sincretismo: Nossa Senhora da Conceição
Dia: Sábado
Cor: Azul claro transparente (cristal)
Conta : Conta azul ou incolor (cristal)
Comida: Ebô de milho branco
Saudação:OdôYa (rio e mar)
Poder e proteção: Divindade do mar e das águas doce (Janaina)
Simbolismo: Pedras marinhas, conchas e sereias
Instrumentos: Coroa, abebé ( leque de prata em forma circular tendo no meio um desenho de uma sereia, alfange, braceletes (escravas 2), 2 copos, 2 peixes com correntes, 1 corrente com balangandãs em prata.
Elemento: Água
Metal: prata
Domínio: Mar
Planta: Aguapé, lagrima de nossa senhora, erva de Santa Luzia
Proteção: protege as mães e filhos e o lar e os pescadores
Características: maternal, protetora, competente, dedicada, mandona, possessiva.
Oferenda: flores, água de cheiros, batons, jóias, fitas, espelhos, tiaras, tudo que for bonito.

Fonte: Orixás da Bahia de Elyette G. Magalhães